Estudo de caso: Um amor incondicional que pode salvar vidas
Em mais uma regressão de Maria Clara, feita à distância por Arthur, a tristeza é novamente abordada. Maria Clara é uma moça entusiasmada por fazer a diferença no mundo mas, ao se deparar com as frustrações da vida, com os desafios e nãos recebidos, sente-se impotente, triste, sente que é tomada por um vazio no peito e não consegue se livrar dele. Assim, busca ficar na sua, deixar a vida ir passando, fica desanimada, perde as esperanças e a vontade de fazer diferente, apesar de desejar muito que a vida seja diferente. Hoje, há mais de um ano na Psicoterapia Reencarnacionista, Maria Clara pôde se desligar de diversas vidas anteriores que trazem a tendência a se sentir triste e pensar e sentir todas essas coisas. Os desligamentos têm trazido melhoras para o dia a dia, mas é na mudança de raciocínio e na escolha consciente por outros caminhos, que a auxiliará sempre a fazer sua Reforma Íntima e sua evolução Espiritual.
Na regressão que se segue, os Mentores Espirituais de Maria Clara foram muito generosos. Foi uma recordação extremamente emocionante para todos nós que assistíamos atentos ao momento. Foi uma oportunidade não somente de se desligar, mas de compreender, profundamente, aquilo que a Espiritualidade deseja que consigamos fazer. Vamos mergulhar?
"Eu vejo uma mulher caminhando por corredores, corpo todo coberto e manto na cabeça, protegendo o rosto, com olhos de fora. Passa apressada, colunas bem decoradas, sandália de couro, olha para trás, é muito longo, parece palácio ou algo assim. Buracos nas paredes, formatos decorativos, por onde o Sol entra. Tenta alcançar a porta, há dois homens que não a deixam passar. Tira o pano da cabeça e ordena que a deixem passar. Eles ficam assustados. Um tem uma espada e o outro, uma lança. Abrem a guarda e a deixam passar. Maquiagem preta nos olhos. Lá fora tem um comércio, muitas pessoas. Olha para cima, para, sente o cheiro, olha para o Sol dali, olha para as pessoas, muitos descalços, coisas penduradas nas barracas. Dois homens a cavalo chegam perto e ela se ajoelha no chão, pensa como foi bom o tempo lá fora. Eles a acompanham para dentro de novo. Fica desesperada. Vai correndo para o marido. Ele está bem chateado com ela... Ele aponta para ela as coisas que tem, são donos de tudo ali. Mulher tão bonita, rosto e cabelos pretos. Muito bonita. Estão tendo uma discussão. Fica chateada. Ela nasceu ali, princesa. Lembra da infância, como era bom, tem saudade do pai dela, como era bom... Ela tinha tudo ainda, mas todo dia que acordava e via o Sol entrar, tinha um vazio no coração. Uma mulher tão bonita... Parece que é isso o dia dela, entra dia, sai noite... O marido se chateia.
Eles fazem tantas festas, ela tem momentos de alegria, mas vira e mexe está triste, sozinha, no canto.Ele não consegue entender o porquê. Como ela é rainha e tem tanta tristeza? Ela abaixa a cabeça para falar com ele e diz que as coisas não são mais as mesmas. Quando era criança podia brincar, pular e agora é aquilo, o Sol entrando pelos buracos, todo dia. Tudo o que quer é algo diferente na vida. Ele fica indignado, como pode querer mais do que tem?
Existem festas que o rei passa com ela, ela dança com pessoas, sente-se bem, são lapsos de tempo no dia a dia. Apesar de ser muito bonita, ela sente que os outros não a vêem assim. Vejo ela dançando, não tem filhos não... O que ela quer é mudança, algo diferente.
Começa a ir nas caçadas com ele, aprender a atirar com arco, não dá a alegria que ela busca. As festas também não. Ela olha pras pessoas lá fora, os comerciantes pobres, com tanta necessidade e acha que se der um pouco do que é dela, se sentirá melhor. Contra a aprovação do rei ela organiza coisas para dar. Tanta gente com vidas piores... Aquilo a faz se sentir bem, mas não completa o vazio que há dentro dela.
(Neste momento houve uma longa pausa, expressões faciais indescritíveis, pensei que a pessoa tinha começado a acessar uma cena muito difícil, porque houve uma emoção e uma comoção muito grande)
Parece que tem uma multidão se aglomerando por ali, perto do comércio. Chama muita atenção das pessoas. Multidão de gente. Ela para na porta, aqueles dois soldados olham o que está acontecendo. O rei está viajando. Ela vê crianças correndo felizes. Foi um dia que ela acordou com muita dor no peito e vazio. Pergunta se pode sair um pouco. Pergunta o que está acontecendo. O soldado diz que é Jesus De Nazaré. Ela pergunta quem é esse Jesus. E ninguém consegue falar nada. As pessoas estão seguindo o homem. Tem muitas crianças, sentam numa pedra e observam de longe. Ela sente um amor muito grande no coração dela. Ela tenta se aproximar, quer entender o que está acontecendo. Ele está sentado debaixo de uma árvore. Ela coloca a mão no coração, ele vira e fala que o amor que ela procura, só o Pai pode dar... Para ela ser feliz, assim como as crianças que correm em volta. Ela olha pra cima e volta para onde mora.
As pessoas estão se abraçando. Parece que no dia seguinte todos comentam o que aconteceu, aquela falta, aquele vazio no coração não existe mais e ela não entende como. Quem é aquele homem, meu Deus? Quem é? Ela precisa ajudar aquele homem, o que pode fazer? O rei volta de viagem, está aquela comoção. Ela diz que passou um homem, chamado Jesus, que é de Nazaré e estava falando coisas de amor. Ele não entende como aquelas pessoas sofridas estavam com uma alegria tão grande! Ela fala que ele tem que conhecê-lo e ele diz que não pode, porque ele é perseguido. Ele paga tributos e não pode ser visto com ele.
Parece que a vida vai passando e ela nunca esquece. Os dias ainda são difíceis, mas ela lembra das palavras dele. Todo dia ela acorda com dificuldade, mas lembra do homem sentado debaixo da árvore. Passa o tempo, vem pessoas correndo, alguém de longe, avisar que Jesus morreu. Ela entra numa tristeza profunda. Só conseguiu conversar por pouco tempo e agora tido como bandido, assassino, como que alguém de tanto amor passa por isso? Ficou muito amargurada. Não sai mais da cama. O rei vem todo dia. Ela tem tristeza profunda, "omo podem ter feito isso com um homem de coração tão grande? Não vejo mais sentido de acordar". Ele fica triste e a deixa no quarto. Ela deixa de tomar água. Ela "vai embora"...
Tudo muito escuro. A Terra belisca a pele dela. Sente dor. Ela se sente muito fraca. Está sozinha. Tá tudo preto. Tá com o corpo estendido no chão, sentindo tristeza profunda. Passa muito tempo ali. Ela se arrasta. A pele parece envelhecer muito a cada dia. Está sozinha. Pergunta como foi parar ali, quem é ela... Pede ajuda a Deus, suplica, grita, lembra daquele homem. "Jesus... Ah, Jesus, me mostra de novo o caminho do amor!"
Do céu rasga uma luz imediata, a lama vira fumaça, vem um soldado romano, estende a mão "vem, irmã, há muito tempo está perdida. A luz do Caminheiro é essa, a que pediu, a de Jesus Cristo". Coloca ela no ombro e caminha. Naquela luz ela não se sente só. Será que é isso que faltava ao coração? Como depois de tanto amor, voltou à tristeza?
Ele diz para não se preocupar, vai levá-la a uma casa para se recuperar. Ela lembra que Jesus tinha morrido na cruz e pergunta por que havia uma cruz ali. "Irmã, aqui é a casa de Jesus. Não está mais viva... Lembre-se das noites escuras e frias, tudo o que passou até encontrar a luz." ele diz. "Eu vi, eu encontrei com ele" ela diz. "Isso foi há muito tempo, você desistiu da própria vida..." ele diz. "Posso vê-lo de novo?" ela indaga. "Essa luz é dele. Aqui não podemos vê-lo... Lá ele era homem, aqui somos espíritos. Ele construiu tudo isso".
Ela vê outros espíritos e pergunta onde está. "Aqui você vai recuperar seu coração e sua mente, retomar a consciência, mas vai ter que ficar um tempo"
Passa um tempo, ela caminha, senta num jardim. Ali gostam de usar roupa romana. "Por que não usam roupa oriental?" ela pergunta. "Gostamos de auxiliar na linha de Paulo. Às vezes, como romanos, às vezes com outras roupas".
Ela quer auxiliar e ajudar, ele a leva para um local de trabalho. Ela quer ajudar como Jesus. "Não vai ter tempo não... Você tem que voltar para resolver os sentimentos. Você terá muitas oportunidades de voltar e ter uma vida boa, aprender a manejar e não entrar nessas sintonias, mas vai aprender lá... Não aqui" ele afirma. "É mesmo, ali com ele eu nem lembrava dos sentimentos difíceis. Mas depois tudo volta." ela recorda. "Sim, quando estamos próximos à luz, é fácil..." ele diz. Surge a oportunidade de reencarnação. Ela se sente feliz e promete que vai passar pelas dores e aprender a ver o Sol como Jesus ensinou.
"O tempo de resolver é o tempo de Deus, dia após dia, com Jesus no coração terá forças". Ela fica muito feliz, lembra-se do homem. Põe a mão no peito, olha para cima, sente-se muito feliz. "
Como as outras vidas acessadas: A plantinha que renasceu para a vida e A riqueza que trazia tristeza, Maria Clara teve a oportunidade de acessar uma vida em que mais uma vez a tristeza e o vazio no peito vinha como tendência de sua Personalidade Congênita. Novamente, o fato de ter uma vida equilibrada, abastada e cheia de amor, não era o suficiente para que a Persona daquela época compreendesse sobre a verdadeira felicidade e plenitude. Assim, mais uma encarnação se passou com esses mesmos sentimentos e finalizou de uma maneira trágica.
Mas o que os Mentores Espirituais de Maria Clara trouxeram generosamente desta vez é uma grande dica: aquela personagem teve a oportunidade de sentir o amor de Jesus enquanto encarnada. E enquanto nutriu esse amor, o verdadeiro amor, sentiu-se feliz, plena e em paz. Mas nas comuns vicissitudes da vida, com a morte de Jesus, entrou em tristeza novamente e acabou por se deixar levar novamente e perdeu sua encarnação desta maneira. A mensagem é que precisamos nos lembrar do amor de Jesus a todo momento em nossas vidas, pois assim estamos não somente em contato com ele, mas estamos em contato conosco, com nosso Eu Superior, nossa essência, que é amor, plenitude e felicidade. A vida sempre apresentará altos e baixos, mas é no nosso esforço em manter viva a chama do amor de Jesus em nossos corações, que nos ajudará a passar pelos desafios de cabeça erguida e nos fará aproveitar com plenitude nossa encarnação.
Uma oportunidade de se ver em contato com Jesus no passado, algo tão extraordinário para nós, é um enorme presente de nossos Mentores e a reafirmação de que nunca estamos sozinhos, sempre há o amor dele à disposição, basta querermos, basta buscarmos.
Ana mais uma vez me identifico com este caso....sou imensamente grata a espiritualidade com sua sabedoria ...namastê
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