Estudo de caso: agressividade X assertividade

Este estudo de caso envolve uma regressão à distância. Ela foi vivenciada por Arthur, meu companheiro de trabalho, assistida presencialmente por Amanda, a "dona" da vida que foi acessada.
Amanda é uma jovem adulta que enfrentava problemas familiares, sempre sentiu dificuldades de se colocar em diversos contextos, sentindo-se incomodada com a possibilidade de incomodar as pessoas. Por isso, freqüentemente guardava seus pensamentos e sentimentos para si, mas em diversos momentos sentia que não conseguia guardar para si mesma mais e acabava "explodindo", liberando de forma muito agressiva o que estava sentindo, frequentemente magoando as pessoas. Além disso, Amanda relata que é extremamente autocrítica e se cobra muito, atitude que a faz, também, cobrar muito das outras pessoas.
Nesta regressão, Arthur acessou um cenário que parecia bem antigo, em que Amanda era uma bailarina de uma provável companhia de dança. Sua coreógrafa era uma mulher rígida, que cobrava muita disciplina e perfeição em sua performance. Amanda sentia que sempre estava dando o seu melhor, mas a coreógrafa sempre a criticava muito, fazendo-a se sentir incapaz.
Alguns anos se passaram e Amanda estava prestes a apresentar-se em um solo. Era o espetáculo de sua vida, seria assistida por diversas pessoas. Àquela altura, ela era uma grande estrela como bailarina, todos a conheciam e ela tinha um talento invejável. Mas para a coreógrafa, ainda estava imperfeito.
Ela estava no palco, apresentando alguma coreografia de ballet, a platéia a assistia profundamente, ela se sentia maravilhada por isso, mas ao mesmo tempo sentia-se insegura. Ao olhar por uma das coxias, conseguiu ver sua coreógrafa, a essa época já muito mais velha, observando-a com uma feição de desaprovação. Foi o suficiente para que ela perdesse a concentração e caísse no meio de sua apresentação. A platéia ficou em choque, ela também. Saiu extremamente envergonhada e insegura. Nos bastidores ficou muito decepcionada consigo mesma, mas sentia mais ódio daquela coreógrafa. Cansada de ser reprovada e cobrada por ela há tantos anos e agora, o momento mais importante de sua vida, tendo sido arruinado pela coreógrafa, não sobrava nada além de muito rancor, ela explodiu, "perdeu as estribeiras", acertou a coreógrafa com um objeto pontiagudo e acabou cometendo homicídio ali mesmo. Algumas pessoas se aproximaram, ficaram horrorizadas, logo ela estava sob o domínio de uma espécie de policial.
Algum tempo se passou e Arthur relata que ela havia sido condenada a enforcamento pelo homicídio que cometeu. Ela foi enforcada na frente de diversas pessoas, entre elas o marido da coreógrafa, que urrava com muito ódio, querendo se vingar dela. Arthur relata ficar tudo escuro e sentir uma dor no corpo inteiro.
A bailarina se viu sozinha, num local escuro, vibrando em muito ódio e rancor. Passou muito tempo ali, pensando naquele acontecimento. Mas muito tempo se passou e, conforme ela ia modificando seu pensamento, arrependendo-se de seu ato, era como se o " cenário" fosse mudando e ela pudesse ver um caminho por onde ela sabia que tinha que caminhar. Mas em alguns momentos ao caminhar por esse caminho algo ocorria e fazia com que retornasse a um local cheio de pedras. Ela continuou tentando por um tempo e finalmente conseguiu alcançar um local bem diferente, mais tranquilo, mais claro... E logo em seguida ela encontraria pessoas que a ajudariam muito.
Depois de passar por alguns tratamentos e alguns aprendizados, ela foi chamada para resgatar aquela mulher que teria sido sua coreógrafa. Ela ficou surpresa com essa informação. "Ela? Resgatá-la? Mas ela desencarnou antes de mim!" "sim, ela desencarnou antes de você, mas por conta do ódio que ela nutria por você, acabou se isolando em sua consciência, também num local escuro, de sofrimento. Você é a única que ela irá enxergar.", disse um amigo que a acompanhava. Então eles foram resgatá-la. Aos poucos ela conseguia retomar a consciência e pôde ser levada para um local de tratamento. A bailarina, que a essa altura já conseguia desenvolver alguns trabalhos, auxiliou a coreógrafa a ir se recuperando e quando ela recobrou a consciência, ao ver que quem a tratava era a bailarina, conseguiu esvaziar-se totalmente do ódio.
Um bom tempo se passou e elas acabaram virando grandes amigas, desenvolviam trabalhos no Plano Espiritual juntas e com o tempo, a bailarina pôde reencarnar novamente.

Ao final da regressão, houve a manifestação de um Mentor Espiritual com o qual Amanda já realizava trabalhos nesta atual encarnação. Ele disse a ela que certas palavras, quando carregadas por sentimentos acumulados, eram capazes de machucar muito e às vezes, eram capazes de fazer com que outros espíritos vibrassem negativamente nela por séculos! Disse a ela que naquela encarnação ela tinha tudo para ser muito feliz, era uma grande bailarina, mas pela dificuldade de ser assertiva e de comunicar seus sentimentos, acabou sentindo-se saturada e acabou cometendo um grande erro.
Amanda sentia-se extremamente comovida com a mensagem dessa regressão e percebeu que enquanto viveu aquela vida como bailarina, estava manifestando as mesmas tendências de personalidade que ela possui hoje: ela se cobrava demais e, ao mesmo tempo, não sabia dar um basta nos assédios vividos por aquela coreógrafa. Assim, viveu um momento muito semelhante ao que ela mesma vive hoje, deixou que muitos sentimentos se acumulassem e acabou perdendo o controle. Ela percebeu da importância de saber se colocar e ser assertiva no momento certo. Aprendeu também sobre a importância de tomar cuidado com os sentimentos que estão por trás das palavras, pois elas podem ferir muitas pessoas.


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