Estudo de caso: a fuga pela liberdade e o desencontro com a felicidade.
Fernanda chegou à Psicoterapia Reencarnacionista buscando uma maior compreensão do que estava vivendo recentemente. Apesar de não ter uma base espírita ou espiritualista, simpatizava com o assunto e sabia algumas coisas, mas chegou porque recebeu a recomendação de seu médico psiquiatra, que já a acompanha há algum tempo. Ela tem o diagnóstico de Transtorno Bipolar e, desde que o recebeu, se vê de uma maneira diferente. Conta que sempre foi uma pessoa acima do peso, que sofreu bullyings na escola, o que a fazia se sentir triste, mas por vezes nervosa. Com o passar dos anos, sentindo-se para baixo por suas condições físicas, com sua insegurança e baixa auto-estima afloradas pelas pessoas que a criticavam, casou-se com um homem com medo de ficar sozinha. Ambos passaram a morar com os pais de Fernanda e, até hoje, vivem todos juntos. Mas Fernanda não está satisfeita com a situação. Por muitos anos enfrentou problemas em seu relacionamento, pois sentia que não era o homem que ela desejava ao seu lado, por não corresponder a certas expectativas. Mas não se via separando dele, porque sentia-se culpada por causar a separação, porque tinha medo de ficar sozinha e, também, porque sua mãe nutria grande admiração por ele, o que dificultava muito esta decisão. Fernanda trabalha nos negócios de seu pai. Ambos são idosos atualmente e demandam muitos cuidados por parte de Fernanda. Por isso, ela se sente presa a uma realidade que não queria estar vivendo. Sente-se infeliz, porque gostaria de ter liberdade para viver outras coisas, para viver a própria vida. A relação com a mãe não é muito fácil, pois ela se sente cobrada, criticada e controlada frequentemente. Por muito tempo foi aguentando calada, ouvindo e calando. Ambos os pais mantêm um forte controle sobre as atitudes de Fernanda e quando ela se sente saturada, o que ocorre com bastante frequência atualmente, "age como um mamute", esbraveja, grita, por vezes age agressivamente e sente que isso só piora as coisas, pois ninguém a ouve com compreensão e atenção. Com esse pano de fundo, Fernanda almeja sua liberdade. Por vezes sentiu vontade de sumir, fugir... Mas sente-se culpada por isso, sente-se culpada por agir agressivamente em alguns momentos, sente-se culpada de querer terminar seu casamento e sente muito medo de ficar sozinha. Nesta vida, os mentores lhe trouxeram um grande aprendizado sobre sua Reforma Íntima, mostrando traços de sua Personalidade Congênita que estão presentes ainda hoje. Vamos mergulhar?
*Uma praia brilhante, com o Sol em cima. Tou puxando um cavalo. Sensação de raiva. Mas é como se essa raiva não fosse minha, fosse dele. Muita raiva. Como se todo mal que ele me fez, ainda desejasse fazer. Sensação de repulsa, de "não quero ver", tristeza, decepção... Tem muita luz, muita luz. Até brilha, parece pedra de aquário. É como se eu estivesse paralisada em algum lugar. Sensação de espera. Um homem vestido de militar, mutilado, andando de muleta. Passeando por ele. Foi embora. Roupa velha de militar, antiga... Sorriso bobo, não sei por quê.
Essa luz esquenta, mas não queima, só esquenta. Ao mesmo tempo tem um formato. É como se as pessoas viessem atravessando algum lugar e passassem por mim. Uma menininha que não sei quem é, é bonitinha, mas não sei quem é. Parece que ela tem Down (Síndrome de Down). Outro homem vestido de farda, antiga, muito antiga. Eu acho que eu abandonei eles! Uma pessoa boa, sensação de bondade. A menina como se estivesse entretida, como se não soubesse muito bem o que está acontecendo. Ela não sente absolutamente nada por mim. Ele é o pai da menina. Ele tem veneração pela menina. É a sensação que eu tenho. E mágoa de mim. Mesma hora que ela quer ir embora com ele, ela quer ficar. O porquê eu não sei. Como se estivesse despertando algo nela. E ele por vaidade quisesse levá-la. Eu pressinto ele puxando ela, como se fosse uma forma de me magoar. Ela quer voltar e ele, para me machucar, não quer deixá-la ir comigo. É um misto de sentimento de raiva com gostar que sinto nessa pessoa. Só consigo ver ele puxando ela por uma mão e ela me dando a outra mão, ele segurando ela, por vaidade... É a única forma que ele tem de me machucar, puxando ela... Tem muita mágoa de mim. Muita mágoa de mim, mas gosta de mim. Ele não me olha de frente, não me encara. E a menina não para de me dar a mão. Tem uns 3 anos, mais ou menos. Ela tem Down. Ele fez o papel de mãe... É muita sensação misturada... Sensação de que fui embora porque quis. Mesma sensação que tenho hoje, de querer ser livre... Eu acho que essa menininha é minha mãe hoje. É a sensação que ela me dá. Só consigo sentir muito sofrimento nele, mas não vejo rosto. Ele só puxa a menina. Ele tem muita raiva, mágoa de mim. Apesar de gostar de mim, ele tem muita mágoa de mim. Mesmo que ele saiba que tudo o que tem é por merecimento, ele não consegue me perdoar. Merecimento por tudo o que fez por ela, ele não consegue.
Eu vejo uma casa, uma cozinha. Esse homem infernizado, com a menina no colo, acho que com vestido estampado. Como se eu estivesse premeditando algo, dissimulando alguma coisa, como se ele e ela fossem problema para mim. Vem a palavra "veneno". Essa menina é minha mãe, a dor que ela sente no estômago é porque envenenei ela. Acho que ele também, não tenho certeza. Ou se foi acidental, não sei, se ela ficou doente ou se já era, não sei... Só vejo aquela luz que cega.
"Sofrer é opção". Ele deixou eu ver o rosto dele. A raiva que ele tem de mim diminuiu. Alguém está me pedindo para fazer as coisas bem feitas, não sei quem é. Agora a gente voltou pra praia, nós três. Eu, ele e a menininha. Ela está diferente... Como se ela fosse eu criança. Cabelinho cacheado.
Uma bela moça, suave, doce, um jovem casal. Ele tem uma doença chamada Esquizofrenia. Sensação de angústia, dor, tristeza, de não saber lidar... De mais uma vez abandono, de novo... Dessa vez ele não tem ódio de mim, mas precisa muito de mim, sente saudades de mim. Eu fui embora. Eu não sabia lidar com aquilo. Aquela necessidade enorme de mim e eu fui embora. Eu me sinto muito culpada por ter ido embora. Por mais que eu ache que eu podia lutar mais, ter sido mais forte, sensação de tristeza, de abandono. Vejo ele se definhando, se acabando, não consigo ver pessoas cuidando dele...
Vejo um relógio marcando cinco pras duas. Uma estação de trem. Vejo o meu pai chegando... Me mandando embora para algum lugar. Me entregando uma mala. Dentro dessa mala está a menininha e ele me mandando ir embora. Não sei se a gente matou a menininha. Ela é minha mãe (de hoje), eu sinto que é ela, vejo que é ela. Ele falou que vai cuidar dele, mas ele não cuidou não (do marido dela). Vejo um ser humano morrendo de fome, definhando, ferido... Não sei se está prostrado pela doença ou machucado. Uma mulher está longe na estação de trem, mas não está mais entre nós (não está viva). Alguém descobriu a menina na mala. Muita polícia, de época. Pisando nos meus pés, me jogando no chão. Ficou tudo escuro. Não tem mais o Sol, tudo escuro. Mas agora tenho sensação de paz, mesmo no escuro. Sensação de descanso, alívio. É como se alguém tivesse me freado. Sempre espero uma luz, porque sei que não é pra sempre. Tem alguém que brilha dentro da escuridão. Sensação de terra molhada, cheiro e gosto, como se eu tivesse comendo aquela terra. Sensação de paz. Dor nos pés, machucados, quebrados... Tem um ser luminoso atrás de mim, cuidando de mim, fazendo com que aquele processo seja o menos dolorido possível. Mãos também estão quebradas. Eu acho que é a senhora lá da estação de trem, dentro do lugar comigo. Não tenho certeza se é ela. A menininha me abraçou... Me perdoou... Pelo que eu fiz com ela. Alguém levou ela de volta. Ela de novo olhando para trás e me dando a mão, é como se fosse um guardião levando ela. Sensação de culpa do que eu fiz... Tem coisas que rastejam... Elas estão encostando em mim... Eu só vejo a menininha dizendo que vai voltar "vou voltar, mamãe". Esses troços estão se tornando íntimos, convivência tolerável, como se fossem larvas que viraram gente, humanóides, mas eu não queria que isso acontecesse. Outro homem de farda, abrindo uma porta e me chamando para sair. Alto escalão, medalhas, quepe, farda mais atual. Mas não tenho como sair, pés quebrados... Ele falou "pode vir". Tem o olhar iluminado... É quente esse lugar, mas muita luz, muita pedrinha, um símbolo, como se fosse uma lança invertida e uma flor de lótus, amarela, parece. Como se fosse uma cápsula. Um local todo branco, janelinha redonda. Esse homem agora veste branco, não tem aspecto mal, "eu vou cuidar de você", mas não consigo ver ele definido. Como se visse só borrado. Me pergunta o que eu quero ver. Eu digo "o que eu precisar ver". Ele pede para eu perdoar meu pai terreno, porque ele já foi abusivo outras vezes, não é a primeira vez. Ele me mostra a imagem das pessoas e me fala frases. Esse calor que sinto nas pernas tem a ver com essa simbologia que não sei qual é. "Fraternidade: natural. Honestidade: sanguínea. Irmãos de outra dimensão. Acredite. Vida extremamente simples. Seja feliz, você merece. Estou sempre aqui, sempre que você precisar. Não precisa chorar, não precisa temer. Eu sou a luz que trata você, você é a luz que continua de mim. Somos fraternidade. Você precisa de mim e eu de você. Evolução, você evolui e eu também. Você foi 'dada' a mim, como missão, para que voltemos ao pai. Tudo que é mazela, doença é do corpo. Não se entregue, sua mente é poderosa. Às vezes é necessário contrair deficiências porque nelas há verdades. Vamos viver em união. Confie mais em você. É necessário que essa comunhão se faça, para que haja evolução"
Só consigo ver estrelas, céu estrelado. Tão gostoso. Sensação de estar dentro da água no calor. Céu bonito, vendo de cima, muita estrela. Sensação de flutuar, de quero bem... Eu tou voltando de novo para a praia com meu cavalo branco, mas tem um jardim, praia para trás. Flores com cheiro cítrico, lembra um pouco o cheiro daquela terra, cheiro de raiz. Como se tivesse chovido, mas ali não chove. Jardim de filme. Tou bem, sorrindo muito. Só não tou em paz ainda, ainda preciso consertar. Lugar branco, bonito, cheio de flores. Sorriso no rosto, alguma sensação de sorriso quando vi o soldado. Mas por dentro estou angustiada. Alguém diz que é hora de voltar. Falou que é hora de voltar. As coisas estão ficando lilás, quase roxas. Como se essa luz estivesse me envolvendo, me tratando, mexe no plexo, cotovelos, pés, coxas. Como se fosse aquela cápsula, envolvida por branco e roxo. Aquele símbolo de novo, lança invertida e algo que parece uma flor de lótus. Ele, Natanael, não sei se consigo pronunciar, está lá também. "É hora de voltar, de reajustar, de consertar, propósitos". Eu fiz contratos grandes. Pessoal daqui não gosta de me mostrar o rosto não. "Não podemos". Parou a dor dos pés e cotovelos, mas o plexo não. "Só você pode parar a dor do plexo", ele falou. Eu que tenho que consertar.
Mesmo ponto de origem, a praia, aquele Sol e um monte de pedrinhas. Agora só brilha, não esquenta, brilha muito. Alguém me manda descer para a praia. Eu pergunto "como?", dizem "vai, você tem cavalo, vai..". "Só se eu for montá-lo" digo. "Sempre limitada, hora de evoluir!", ele diz e sorri, parece um monge. Ele me manda mais uma vez ir. Na praia não tem água, são pedras brilhosas, quanto mais tentamos chegar na água, mais eu vejo pedra. De longe tem um lugar que sempre vou em sonho, praia suja estranha. Tá longe. Já passei um tempo nessa praia. Acho que aquele buraco de terra era nessa praia suja, escura, negra, a água sobe rápido. De repente tá tudo bem e ela se revolta, escura, cheiro negro, já fui várias vezes em sonho... Tem um gosto de sal, cheiro ruim, de mangue, ruim. A menininha está comigo nessa praia. Só que é como se estivesse perdida, dispersa... Como se estivesse... Não fisicamente. Tá perdida ali dentro e eu tenho que tirá-la dali. Eu já vivi nessa praia, já me olhei nessa praia. Por que, não sei. Como eu já estava me adaptando àqueles seres, tava também nesse lugar. Mas agora eu preciso tirar essa menininha desse lugar. Sei que ela está perdida naquelas pedras, madeiras, não consigo tirar dali, quanto mais tempo passo nesse lugar, mais é sujo, fétido, mais esse sal entra na boca. Eu sempre vou muito rápido lá. Mesmo sendo nojento, é como se eu gostasse de lá. Preciso levar ela para casa, é isso que eu sei...
A luz está voltando, a cápsula está voltando, o símbolo, o Natanael. Tenho que me limpar... Ele me pergunta se eu consegui entender as situações. "Acho que sim". "Tem certeza que sim? Então vai consertar até onde é permitido consertar...". Eu falo "vou consertar" e ele diz "não tem tentar, vai conseguir consertar".
Ele fala que é hora de voltar e recomeçar, consertar. "Sempre tente consertar, mesmo que a gente ache que não dá.", que eu mereço consertar. Me sinto protegida, sossegada. Nascendo de novo. Vejo muita luz saindo do meu corpo. Limpa, orientada, guiada, amada, respeitada, compreendida e perdoada...*
Fernanda é uma pessoa com uma sensibilidade gigante. Por isso, sua regressão foi extremamente espontânea, sem necessidade de intervenções ou uso de técnicas para ajudá-la a ver os conteúdos que vinham. Por isso, acredito que ela teve um acesso muito rico a diversos detalhes e sua regressão veio em um formato de idas e vindas. Iniciou num momento já pós vida, reencontrando os dois personagens que estiveram com ela encarnada, visitou a vida encarnada, voltou ao pós vida e depois viu os fatos detalhados da encarnação que havia acabado de ocorrer, visualizando o pós desencarne, seu próprio resgate de uma região umbralina, sua subida para os Planos Espirituais, seu tratamento, seus diálogos com seu Mentor, que se identificou e um possível trabalho de resgate que precisou realizar em alguma região sombria do Astral. Nesta regressão ela teve acesso, ainda, a uma segunda vida, de semelhante conteúdo, que a mostrou fugindo de uma situação que aflorava os mesmos sentimentos, construindo e levando uma vida independente, mas experimentando a solidão e o vazio (não será narrada na íntegra para não alongar o estudo de caso).
Como visto na íntegra da narrativa, Fernanda se viu em uma vida passava vivendo uma situação complicada: inserida dentro de uma família que a demandava muito, seu marido com um transtorno mental, sua filha com Síndrome de Down. Um cenário perfeito, escolhido por Fernanda em espírito, para que seu gigante desejo de liberdade e autonomia fosse aflorado. E foi o que aconteceu. Neste breve trecho desta vida, Fernanda, vivendo uma vida em outra persona, escolheu por dar fim à existência da filha e abandonar o marido em casa, para ir atrás da própria vida, por estar se sentindo cobrada, exigida, sobrecarregada. Mas o plano não deu muito certo, ela foi pega na estação de trem e provavelmente desencarnou pouco depois disso. Pela sintonia que nutria, foi parar em um local escuro, que a princípio trouxe a ela uma sensação de alívio, por ter se livrado daquela situação. Percebeu-se convivendo com criaturas estranhas, provavelmente passou um tempo lá, até ser resgatada por algum amigo espiritual e ver todos os ricos detalhes de seu tratamento, de sua percepção dos Planos Superiores, de seu diálogo com seu Mentor.
Como visto na íntegra da narrativa, Fernanda se viu em uma vida passava vivendo uma situação complicada: inserida dentro de uma família que a demandava muito, seu marido com um transtorno mental, sua filha com Síndrome de Down. Um cenário perfeito, escolhido por Fernanda em espírito, para que seu gigante desejo de liberdade e autonomia fosse aflorado. E foi o que aconteceu. Neste breve trecho desta vida, Fernanda, vivendo uma vida em outra persona, escolheu por dar fim à existência da filha e abandonar o marido em casa, para ir atrás da própria vida, por estar se sentindo cobrada, exigida, sobrecarregada. Mas o plano não deu muito certo, ela foi pega na estação de trem e provavelmente desencarnou pouco depois disso. Pela sintonia que nutria, foi parar em um local escuro, que a princípio trouxe a ela uma sensação de alívio, por ter se livrado daquela situação. Percebeu-se convivendo com criaturas estranhas, provavelmente passou um tempo lá, até ser resgatada por algum amigo espiritual e ver todos os ricos detalhes de seu tratamento, de sua percepção dos Planos Superiores, de seu diálogo com seu Mentor.
Nesta vida, seus mentores trouxeram, de forma explícita, sobre essa forte vontade de ter sua própria liberdade. Uma tendencia, um traço de sua Personalidade Congênita que vem sendo manifestada em suas encarnações e hoje, é um dos pilares de sua Reforma Íntima. Ao longo de nossas psicoterapias, Fernanda foi refletindo sobre a necessidade de estar vivenciando uma relação familiar com seus pais, que gera uma situação de cobrança e exigência, o que a faz se sentir cada vez mais desesperada pela fuga. Além disso, sua relação conflituosa com a mãe, que pode ser justificada pelas experiências passadas, tem sido algo que a tem tirado do sério. Mas como ela mesma percebeu, em um belíssimo insight, ela vive uma dualidade de sentimentos... Ora sente-se desesperada pela própria autonomia e se sente capaz de tê-la, pois ela mesma se basta, o que a fez correlacionar com o "estado de euforia" do Transtorno Bipolar, ora sente-se extremamente culpada por cogitar tudo isso e por agir como o mamute, com bastante agressividade e descontrole, o que a faz se sentir infeliz, angustiada, entre tantas outras coisas, que a fizeram identificar o "estado depressivo". Ambos estados, hoje unidos em um diagnóstico de Transtorno Bipolar, demonstram uma dualidade de sentimentos e tendências que Fernanda tem trazido consigo nas experiências passadas. É como se ela ainda trouxesse consigo o ímpeto de fugir, abandonar e buscar a própria autonomia, mas conserva, também, o sentimento de culpa que vivenciou no período pós desencarne, quando ainda se encontrava nas regiões umbralinas do astral. Assim, é como se a Persona vivesse um conflito, pois pode estar oscilando entre dois extremos, que no fim a estão paralisando.
Por meio de nossas terapias, foi possível ela perceber que o equilíbrio é importante. Que a busca pela liberdade e pela autonomia, é uma busca que implica a felicidade interna, não uma estratégia de fuga. Fez com que ela percebesse que sua relação atual com a família, sua situação atualmente vivenciada são realidades necessárias para que ela entrasse em contato com esses sentimentos e que pode ser solucionada de maneira equilibrada e harmoniosa, desde que ela compreenda o verdadeiro raciocínio que está por trás desses sentimentos. A busca pela felicidade e pela liberdade pode ser algo positivo para o espírito, mas isso se torna uma armadilha quando a persona crê que é necessário fugir de uma realidade, com o objetivo de encontrar a felicidade em outro lugar, pois a felicidade habita dentro de nossos corações e pode ser conquistada sem que precisemos utilizar estratégias que não nos ajudam a evoluir. Com a segunda vida mostrada, os mentores deixam ainda mais clara essa questão, mostrando uma vida em que de fato ela fugiu de uma realidade e conseguiu viver uma vida de liberdade. No entanto, o vazio e a solidão tomavam conta. Ou seja, de nada adiantou fugir do cenário em que estava, se a felicidade e a liberdade são um estado de espírito e ela não os alcançou verdadeiramente nesta vida.
Fernanda está dando gigantes saltos em sua psicoterapia e já está visivelmente demonstrando compreender muito melhor sobre suas tendências, trazendo consigo um ar de empoderamento e sabedoria, o que a auxiliará a continuar levando esta vida com bastante consciência.
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